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Importações de produtos da China roubam empregos do Brasil, reclama indústria

CNI alerta que compra em excesso de peças do país asiático pode agravar situação.

 


Ao vender milhões de toneladas de matérias-primas como minério de ferro e soja para a China e não industrializar esses recursos em território nacional, o Brasil abre mão de criar milhões de empregos e ainda incentiva a geração de novos postos de trabalho no país asiático, afirma o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf.

– O Brasil deixa de ganhar milhões de empregos [ao não processar as matérias-primas aqui e vendê-las para a China]. Se você pegar quanto a mineração gera de empregos e quanto uma confecção de camisas gera de empregos, a confecção gera 15 vezes mais. Lógico que milhões de empregos, dentro desse perfil de comércio que temos com a China, são gerados lá e deixam de ser gerados aqui.

O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Flávio Castelo Branco, alerta ainda para as parcerias entre algumas empresas brasileiras e chinesas, em que as estrangeiras se tornam fornecedoras de peças e componentes das nacionais.

Esse recurso, segundo ele, tem sido muito usado nos últimos anos porque “reduz custos e mantém a empresa competitiva no mercado”.

Castelo Branco, no entanto, afirma que essa relação pode ser nociva para o mercado de trabalho se a indústria do país ampliar essa forma de comércio.

– Se todo mundo começar a fazer isso, comprar partes, peças e componentes da China, os fornecedores aqui do Brasil vão ficar sem clientes. O que pode ser visto como uma estratégia bem sucedida para uma empresa, não pode ser vista como uma boa estratégia para toda a indústria brasileira.

Isso significa, segundo ele, que sem compradores aqui, a indústria de peças perde competitividade e deixa de contratar novos funcionários.

– Quanto mais a gente usa de partes e componentes da China e só exporta para lá matérias-primas e recursos naturais, estamos perdendo tecido industrial para a China, o que significa também perder empregos.

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